domingo, 23 de maio de 2010

Na contramão da globalização

"Ler não serve pra nada"


     A leitura é fundamental para o desenvolvimento de uma nação. Entretanto, sua difusão é pouco empreendida no Brasil, onde a produção literária tem um histórico fecundo, mas 25% da população com mais de 15 anos constitui analfabetos funcionais. Este paradigma é confrontado com os índices de leitores assíduos em países como Alemanha, França e até Argentina.
     O IDH (índice de desenvolvimento humano) do Brasil, em 2007, era equivalente ao da Argentina em 1980. A leitura é intrínseca a essa medida comparativa que avalia riqueza, educação e longevidade. Uma vez que o país possua indivíduos que saibam ler e desenvolver um pensamento crítico, os benefícios se darão econômica e tecnologicamente. Não é à toa que a China tem crescido tanto e a Inglaterra desenvolve alta tecnologia.
     É compreensível que o "país dos trópicos", tendo investido por séculos na escravidão, só tenha priorizado a escola primária na década de 90. Mas manter esse panorama por mais 20 anos é, no mínimo, vergonhoso. O abaixamento dos preços dos livros e o investimento na educação são um primeiro passo, embora pequeno, para não caminharmos na contramão da globalização.
     Diogo Mainardi, colunista da revista Veja, abordou o tema de forma satírica com o intuito de censurar jocosamente a desvalorização que é dada ao indivíduo que implementa à sua rotina cultura e conhecimento. Obviamente, a crítica é feita ao Brasil (também país da América Latina como a Argentina, igualmente emergente, mas que "lê" mais). Eis um ponto de vista colocado de maneira interessante (só abrir o link abaixo) e instigante.

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