quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pernas .

São compridas e adoram roçar-se nas alheias. Lembro de fazer questão de tê-las querido ver assim que as notei atrás do jeans. Pareciam chamar-me para perto, porque já eram atraentes quando nem as conhecia bem. Davam passos com elegância e certa destreza, num caminhar adorável em cada detalhe; fosse pela distinção que possuíam em virtude da altura de seu dono, fosse pela postura que assumiam quando aguardavam passar. Eu sabia que teria oportunidade de apreciá-las nuas, mas não era aquele o momento.


Esperava por uma tarde ensolarada entre as borboletas e todas aquelas coisas de filme, mas foi numa manhã nublada que, depois de muito insistir, mirei-me com a contemplação. Distraído, o moço contou-me tantas coisas que já nem lembro do que se tratavam. Eu não sabia bem do que falávamos, pois de frente pra’s rechonchudas e cabeludas pernas estava. Ah, como são belas! Até hoje passo centenas de segundos observando aquele primoroso par. Ah, nem sou tão desatenta assim. Recordo-me de seu possuidor ter dito que “o jazz é maravilhoso!”.

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